É comum as pessoas terem dúvidas sobre o que muda, de fato, em um atendimento com uma Obstetra humanizada e uma médica do plano de saúde, por exemplo. Renata passou pelas duas vivências e conta pra gente quais foram as diferenças entre as duas.
“Meu primeiro parto foi há seis anos. Há princípio eu queria que fosse normal mas chegando perto do final da gestação, fui ficando com medo, falei com a médica e ela não fez muita questão: prontamente sugeriu agendarmos a cesárea. Eu não tinha informação e confiava muito nessa médica, então agendamos a cirurgia com 38 semanas. Pedro nasceu, teve Pneumodiastino e ficou 9 dias na UTI. A médica falou que era normal, que tem bebê que nasce assim, meio cansadinho mesmo.
O período de internação foi bem difícil, mas depois que tudo passou, fui pesquisar o que de fato tinha acontecido porque ninguém havia me explicado direito: a gravidez foi normal, não tive nenhum problema, todos os exames estavam ok, a cirurgia tinha corrido bem, enfim… não fazia sentido meu filho ter ido para a UTI, então fui investigar. Foi aí que descobri que esse tipo de problema acontece geralmente com bebês prematuros.
Foi então que decidi que se engravidasse novamente tentaria que o parto fosse normal, ou pelo menos não iria agendar a cesárea, mas esperar que o bebê viesse no tempo dele.
Quando engravidei de novo, estava com 40 anos e os médicos com quem me consultei começaram a falar que, pela minha idade, era uma gravidez de risco e que seria necessário agendar cesárea. Decidi que iria ter o bebê com os médicos do plantão da maternidade que meu plano de saúde cobria e fui atrás de uma Doula.
A Doula me explicou que o plantão era meio loteria, que dependia muito dos profissionais que estariam no hospital no dia em que eu desse entrada, que poderia ser normal mas poderia ser cesárea, me explicou as implicações de eu já ter uma cesárea anterior e me indicou uma Obstetra Humanizada.
Agendei a consulta com a Obstetra Humanizada já com 33 semanas e foi completamente diferente. Os outros médicos com quem eu havia passado faziam consultas de 15 minutos: olhavam os exames, pesavam, verificam a pressão e só… nunca haviam me explicado nada. A consulta com essa médica durou 1 hora e ela me explicou tudo: como funcionava o parto, quem atuava com ela, quanto tempo durava, enfim… esclareceu todas as minhas dúvidas e me contou que atuava em parceria com as Parteiras e a Pediatra.
Em cada consulta que eu e meu marido íamos, mais tranquilos ficávamos. Fizemos também o Curso de Preparação para o Parto que nos ajudou muito. Essa segunda gestação foi totalmente diferente porque coisas que eu nunca soube na minha vida inteira, tomei conhecimento, o que nos deixou bem mais tranquilos para ter um parto normal. Meu marido, inclusive, quando eu falei que queria parto normal e que teria uma Doula ele me achou louca, mas depois de todas as conversas com a Obstetra e com os demais profissionais ficou tranquilo a ponto de dizer que se acontecesse um parto em casa de emergência, ele estaria preparado, rs.
A gestação foi até 41 semanas. A essa altura, eu tinha medo da dor, mas não do parto. Eu estava totalmente ciente dos riscos, de todas as etapas do parto e apesar de nunca ter passado por isso antes, eu sabia na teoria como tudo funcionava e isso me trouxe muita segurança. Meu trabalho de parto foi super rápido e o parto tranquilo. Ter uma Doula, uma médica humanizada e uma equipe ao meu lado foi totalmente diferente. Estive totalmente amparada e assistida por profissionais que me respeitaram, me acolheram e me deixaram confiante”.
Renata Frigene e Silva, mãe do Pedro e da Alice.
Você conhece as Obstetras da Commadre? Além da nossa equipe de Parteiras contamos com o apoio fundamental de um tome de Obstetras que atuam com base nas mais recentes evidências científicas, em escolhas informadas e acreditam que o protagonismo do parto deve ser da mulher.