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O Papel do (a) parceiro (a) no parto humanizado

Quando ouvimos falar sobre parto humanizado, automaticamente pensamos sobre o respeito às escolhas, à autonomia e o acolhimento da gestante no parto, mas e o(a) parceiro (a)? Qual o seu papel nisso tudo? Seria ele um coadjuvante nessa história?

Aqui na Commadre sempre incentivamos que o(a) companheiro (a) venha junto nas consultas de pré-natal, que participe do Curso de Preparação para o Parto e que seja ativo na tomada de decisões. Nossa experiência de mais de 10 anos acompanhando partos hospitalares e domiciliares tem nos mostrado que, para que o parto humanizado aconteça de maneira fluida e tranquila, a participação ativa do(a) parceiro(a) é fundamental, e contribui muito para o desenrolar do parto e na experiência da gestante como um todo.

 

Apoio emocional

O medo do desconhecido, as dores das contrações e a ansiedade sobre o bem-estar do bebê são sentimentos comuns no parto. É um grande turbilhão de emoções que a gestante enfrenta no processo do parir. Por isso, poder contar com um parceiro(a) bem preparado, que sabe o que esperar do parto, pode trazer conforto, segurança e tranquilidade. Além disso, a presença constante do(a) companheiro(a) é capaz de proporcionar um alicerce emocional, criando um ambiente mais acolhedor e seguro, que facilita a liberação de hormônios como a ocitocina, conhecida por intensificar as contrações e fortalecer o vínculo mãe e bebê.

 

Apoio físico

Muitas vezes as mulheres em trabalho de parto podem precisar de massagens, ajuda para mudar de posição ou simplesmente de um braço amigo para se apoiar durante as contrações. O(a) parceiro(a) pode ser uma presença essencial em momentos de cansaço, fornecendo alívio, força e até mesmo fazendo com que a gestante se sinta mais confortável ao longo do processo. Mesmo que a Doula esteja presente na cena do parto, pode ser que a mulher escolha receber esse apoio do(a) parceiro(a) com quem tem mais intimidade. Ou que ambos revezem os cuidados, por exemplo,

 

Participação ativa: ser voz durante o parto

O papel do(a) parceiro(a) no parto humanizado vai além de estar ao lado da gestante, em alguns casos pode envolver também ser uma voz ativa no processo. Em certas situações (especialmente no caso de mulheres que vão parir sem equipe humanizada, com plantão do hospital ou no SUS), o(a) parceiro(a) pode ajudar a defender as escolhas da gestante, lembrando a equipe médica das preferências sobre o ambiente, as intervenções ou a presença de profissionais durante o nascimento. O ideal é que tudo isso esteja já decsrito no Plano de Parto, como já explicamos aqui.

Essa comunicação pode ser crucial para que o parto aconteça conforme o planejado no pré-natal, mantendo o respeito às suas decisões, mesmo em situações de pressão médica. É preciso ter ciência de que por mais que a gestante esteja ali, presente, ela se encontra em um momento de vulnerabilidade, por isso se o(a) parceiro puder ser essa voz, ajuda muito.

 

Parto: uma experiência única

O parto é um evento que marca para sempre a vida de qualquer casal. A participação ativa do(a) parceiro(a) não só contribui para o sucesso do nascimento em si, como dito anteriormente, mas também fortalece a relação, permitindo que ambos compartilhem uma experiência de enorme significado.

Quando a parceira ou o parceiro está engajado emocional e fisicamente no processo, a conexão entre os dois se intensifica, e o nascimento do bebê se torna um marco conjunto, vivido com confiança, parceria, cuidado e amor.
Quando essa parceria é nutrida e bem estabelecida, o parto deixa de ser apenas uma experiência da gestante, tornando-se uma jornada compartilhada, de crescimento e descoberta para toda a família.

 

Karina Fernandes Trevisan, Enfermeira Obstetra e sócia fundadora da Commadre

 

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