A audição é essencial para o desenvolvimento da linguagem. É pela interação com o outro e com o “mundo sonoro” que a criança consegue entender seu universo, organizar pensamentos e adquirir conhecimento.
Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente os estímulos sonoros essenciais para o desenvolvimento da fala.
O exame de Emissões Otoacusticas, também conhecido como Teste da Orelhinha, tem como finalidade avaliar a audição em recém-nascidos. Por isso a realização do exame logo ao nascer é imprescindível para todos os bebês.
Vale lembrar que analisar o comportamento e a reação do bebê diante de diferentes estímulos sonoros não é suficiente para concluir que este bebê é ouvinte. Sons como batida de porta e batida de palma giram em torno de 40dB a 70dB, enquanto o exame detecta a capacidade auditiva no limiar de audição, que é de 0dB a 20dB. Não há nenhum outro som audível, compatível para testar no RN: o mais próximo seria o som do ”cochicho”.
O teste consiste na colocação de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz. Pode ser realizado com o bebê dormindo, em sono natural ou mamando, é indolor, não tem contra-indicações e dura em torno de 10 minutos.
Nos hospitais e maternidades o teste é feito no segundo ou terceiro dia de vida do bebê, mas existem profissionais fonoaudiólogos que realizam este exame a domicílio, especialmente em RNs nascidos de partos domiciliares.
Marta Carolina Todaro, Fonoaudióloga (CRFa 10697)