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Dicas essenciais para acertar na escolha da maternidade

O parto não precisa de um hospital para acontecer. Ele pode ser em casa (no caso do parto domiciliar planejado) ou em uma Casa de Parto (pública ou privada). No entanto, a imensa maioria dos partos aqui no Brasil ocorre em ambiente hospitalar. Assim, vamos conversar sobre como escolher a maternidade (o que é essencial, o que é hotelaria, em que momento da gestação é melhor conhecer a maternidade, o que perguntar quando for visitar – além de conhecer a estrutura física…).

 

Quando começar a buscar uma maternidade para o parto

O momento ideal para escolher a maternidade é o segundo trimestre de gestação, assim, a decisão não fica muito perto da data provável do parto e, caso o bebê adiante sua chegada ou haja alguma necessidade de urgência ao longo da gestação, a família já terá uma boa referência de hospital. Se o parto for acontecer no SUS, se informe na Unidade Básica de Saúde na qual você realiza o Pré Natal qual seu hospital de referência e se existe a possibilidade de escolher outro (caso deseje). Converse com outras gestantes que já tiveram seus filhos lá. 

 

Se o parto for na rede privada, faça uma pesquisa prévia sobre as maternidades: 

  • Visite o site, as redes sociais, veja o que estão falando sobre o hospital
  • Pesquise em fóruns de gestantes e mães e converse com outras gestantes que já tiveram seus filhos nessas maternidades.
  • Converse com a sua equipe de parto: caso tenha uma equipe externa que vá atender seu parto, normalmente ela já disponibiliza uma lista das maternidades nas quais atende.
  • Se tiver plano de saúde, veja junto à sua operadora quais maternidades seu plano cobre.
  • Após essa pesquisa, faça anotações e selecione duas ou três maternidades que queira visitar para conhecer melhor.
  • Se informe sobre a política de visitas de cada maternidade pois geralmente é realizado agendamento prévio com visitas em grupo.

 

Checklist: o que perguntar na visita à maternidade

 

  1. Lei do Acompanhante: a primeira coisa a se perguntar é se o hospital respeita a Lei Federal do Acompanhante  (Lei 11108 de 2005). Acompanhante no parto É LEI e, por ser federal, é válida em todo o Brasil, seja hospital público ou privado. A lei diz que toda gestante tem direito a um acompanhante durante todo o pré natal, trabalho de parto, parto eo pós parto imediato (10 dias após o parto, segundo a ANS).

 

2. Presença da Doula. Verifique se o hospital aceita a presença da Doula, alguns estados e cidades possuem lei que obriga o hospital a permitir sua presença – além, é claro, do acompanhante. Se informe também se a Doula precisa de cadastro e, em caso positivo, o que é necessário, evitando assim problemas no dia do parto.

 

3. Plano de Parto. Questione se o hospital aceita e se respeita o plano de parto – documento recomendado pela Organização Mundial de Saúde onde constam os desejos e vontades da gestante para o trabalho de parto, parto e pós parto. Geralmente a gestante leva 3 vias do Plano de prato: uma é anexada ao prontuário e as outras duas são entregues à equipe que fará o atendimento. Uma dica boa aqui é: durante a visita à maternidade, diga que pretende levar o plano de parto e observe a reação das pessoas (se é de acolhimento, estranheza ou rejeição).

 

4. Estrutura Física. Veja se o hospital possui uma estrutura física adequada para mulheres em trabalho de parto – muitas maternidades privadas contam com salas de parto normal que possuem bola, chuveiro, banqueta, algumas possuem banheira).

 

5. Protocolos rígidos. Além da estrutura física, pergunte se, caso seja sua vontade, o bebê pode nascer na água, na banqueta de parto ou no chuveiro. Muitos hospitais, mesmo contando com estrutura física adequada, possuem protocolos rígidos que não permitem que a vontade e a fisiologia da mulher seja respeitada no momento do nascimento.

 

6. apoio ao parto normal. Ainda que o hospital não possua essa estrutura física, pergunte se você pode levar sua bola de pilates, por exemplo (ela auxilia bastante no parto), se é permitido caminhar durante o trabalho de parto, se alimentar, ingerir líquido e se pode apagar a luz da sala, favorecendo o ambiente de parto.

 

7. Cuidado com o bebê. O hospital respeita a hora dourada? Após o nascimento, o bebê vai para o colo da mãe, mesmo tenha sido cesárea? O hospital é amigo da criança? Mesmo bebês que necessitam de internação na UTI, se o hospital é Amigo da Criança não será oferecido chupeta nem mamadeira durante a internação pois a amamentação é prioridade.

 

8. Amigo da Criança. Além disso, hospitais amigos da Criança possuem Banco de Leite e praticam alojamento conjunto – existem maternidades privadas que mantêm o bebê afastado da família por 6, 7h após o nascimento. Pergunte ainda se procedimentos com o bebê como o uso do nitrato de prata (colírio usado para prevenir infecções nos olhos do recém-nascido caso a mãe tenha gonorreia ou clamidia) são obrigatórios.

 

9. Equipe Humanizada. Pergunte se é possível levar sua equipe externa ou ao menos uma Enfermeira Obstetra de sua escolha. No caso de uma equipe humanizada, a assistência prestada será baseada em evidências científicas, levando sempre em consideração o direito de escolha do casal e o protagonismo da mulher.

 

Leia também: Como saber o momento certo de ir para o hospital

 

Texto escrito por Karina Fernandes Trevisan, Parteira, Enfermeira Obstetra, Mestre e Doutora em Cuidados de Saúde

Foto: Flavia Jacob Fotografia

 

 

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